Neurocientista brasileiro membro da Federação Européia de Neurociências explica a nova grande descoberta da ciência
Fabiano de Abreu doutor em neurociências e psicologia explicou a importância desta nova descoberta no tratamento de doentes com câncer
A saliva é um fluido com propriedades lubrificantes que contém enzimas cuja função principal é iniciar o processo de digestão dos alimentos ingeridos. Além do mais, esta substância produzida pelas glândulas salivares é rica em substâncias e anticorpos que desempenham um importante papel em manter a boca e a garganta livres de infecções.
As glândulas salivares , antes estavam divididas em 3 grandes grupos.
As primeiras, denominadas de glândulas parótidas estão localizadas em ambos os lados da face, abaixo e diante das orelhas. São nestas glândulas que se verifica o aparecimento de maior número de tumores e, embora a sua maioria seja benigna e também o local de maior incidência dos tumores malignos.
O segundo grande grupo, as glândulas submandibulares localizam-se na parte interna da mandíbula e são responsáveis por secretar a saliva sob a área da língua. 15% dos tumores têm incidência nestas glândulas sendo que metade destes são malignos.
Por último temos o grupo das glândulas sublinguais localizadas sob o assoalho da boca e por baixo das laterais da língua. É extremamente raro um tumor iniciar nestes locais. Além destes 3 grandes grupos, existem várias centenas de glândulas salivares menores de tamanho extremamente reduzido. Estas glândulas menores podem ser encontradas abaixo do revestimento dos lábios, palato, língua, no interior das bochechas, nariz, seios paranasais e laringe. Os tumores aqui embora raros são quase sempre malignos e quase sempre ocorrem no céu da boca.
Esta semana, foi dada a conhecer uma nova descoberta. Trata-se de um par de glândulas nunca referidas anteriormente, são glândulas salivares, chamada de glândulas tubárias, nome dado pelo oncologista Wouter Vogel e o cirurgião Matthijs Valstar, ambos da Holanda, que a localizaram-nas atrás do nariz e acima do palato, perto do centro da cabeça humana. Até ao momento, era comumente sabido que os humanos possuíam três pares de glândulas salivares mas nenhuma localizada naquele local. Como o local onde se encontram é anatomicamente pouco acessível, esse fator pode ter sido crucial para que estas glândulas tivessem passado despercebidas.
Fabiano de Abreu, doutor em neurociências comenta esta descoberta e releva a sua importância.
“A radioterapia é usada no tratamento de lesões malignas da região da cabeça e pescoço. As glândulas salivares, apesar de não ser alvo terapêutico, devido a posição anatómica, frequentemente recebem elevadas doses de radiação e isso pode resultar em sequelas agudas como por exemplo, a hipossalivação, xerostomia, alteração do pH, alteração da composição salivar e alteração da capacidade tampão, já que estão interligados. A perda ela pode ser progressiva ou até mesmo irreversível desencadeando complicações orais com o aumento da probabilidade de infecções orais, odinofagia, disfagia e distúrbio da fala.”, inicia.
Todas as novas descobertas têm, como uma das principais intenções, melhorar os tratamentos e as terapêuticas aplicadas no tratamento dos pacientes.
“Esta descoberta é um grande avanço já que pode amenizar o efeito da radioterapia em pacientes com tumores na cabeça e pescoço. Evitar com que essa região seja alvo da radiação ameniza os efeitos colaterais melhorando a qualidade de vida do paciente”, refere Abreu.
Segundo o cientista, a neurociência é uma chave mestre para conhecimento e entendimento humano em muitas vertentes e cada descoberta é mais uma peça do puzzle que é colocada no seu lugar.
“Isso prova o quanto a neurociência é importante e como ela é a chave para resolver muitas doenças assim como entender o funcionamento do nosso sistema nervoso. O avanço da tecnologia nos ajuda a desvendar o que antes era inacessível.”, concluí o neurocientista.
Fabiano de Abreu é doutor em neurociência pela EBWU com especialização na propriedade elétrica dos neurônios em Harvard, ambos nos Estados Unidos. doutor em psicologia pela universidade ULSHP de Paris e mestre em psicanálise pelo Instituto Gaio membro da Unesco. Como neurocientista e psicanalista, criou a terapia da psicoconstrução aprovada pelo Instituto Gaio usado por alguns psicólogos. É membro da SBNeC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento e membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies.
Neurocientista brasileiro membro da Federação Européia de Neurociências explica a nova grande descoberta da ciência
Fabiano de Abreu doutor em neurociências e psicologia explicou a importância desta nova descoberta no tratamento de doentes com câncer
A saliva é um fluido com propriedades lubrificantes que contém enzimas cuja função principal é iniciar o processo de digestão dos alimentos ingeridos. Além do mais, esta substância produzida pelas glândulas salivares é rica em substâncias e anticorpos que desempenham um importante papel em manter a boca e a garganta livres de infecções.
As glândulas salivares , antes estavam divididas em 3 grandes grupos.
As primeiras, denominadas de glândulas parótidas estão localizadas em ambos os lados da face, abaixo e diante das orelhas. São nestas glândulas que se verifica o aparecimento de maior número de tumores e, embora a sua maioria seja benigna e também o local de maior incidência dos tumores malignos.
O segundo grande grupo, as glândulas submandibulares localizam-se na parte interna da mandíbula e são responsáveis por secretar a saliva sob a área da língua. 15% dos tumores têm incidência nestas glândulas sendo que metade destes são malignos.
Por último temos o grupo das glândulas sublinguais localizadas sob o assoalho da boca e por baixo das laterais da língua. É extremamente raro um tumor iniciar nestes locais. Além destes 3 grandes grupos, existem várias centenas de glândulas salivares menores de tamanho extremamente reduzido. Estas glândulas menores podem ser encontradas abaixo do revestimento dos lábios, palato, língua, no interior das bochechas, nariz, seios paranasais e laringe. Os tumores aqui embora raros são quase sempre malignos e quase sempre ocorrem no céu da boca.
Esta semana, foi dada a conhecer uma nova descoberta. Trata-se de um par de glândulas nunca referidas anteriormente, são glândulas salivares, chamada de glândulas tubárias, nome dado pelo oncologista Wouter Vogel e o cirurgião Matthijs Valstar, ambos da Holanda, que a localizaram-nas atrás do nariz e acima do palato, perto do centro da cabeça humana. Até ao momento, era comumente sabido que os humanos possuíam três pares de glândulas salivares mas nenhuma localizada naquele local. Como o local onde se encontram é anatomicamente pouco acessível, esse fator pode ter sido crucial para que estas glândulas tivessem passado despercebidas.
Fabiano de Abreu, doutor em neurociências comenta esta descoberta e releva a sua importância.
“A radioterapia é usada no tratamento de lesões malignas da região da cabeça e pescoço. As glândulas salivares, apesar de não ser alvo terapêutico, devido a posição anatómica, frequentemente recebem elevadas doses de radiação e isso pode resultar em sequelas agudas como por exemplo, a hipossalivação, xerostomia, alteração do pH, alteração da composição salivar e alteração da capacidade tampão, já que estão interligados. A perda ela pode ser progressiva ou até mesmo irreversível desencadeando complicações orais com o aumento da probabilidade de infecções orais, odinofagia, disfagia e distúrbio da fala.”, inicia.
Todas as novas descobertas têm, como uma das principais intenções, melhorar os tratamentos e as terapêuticas aplicadas no tratamento dos pacientes.
“Esta descoberta é um grande avanço já que pode amenizar o efeito da radioterapia em pacientes com tumores na cabeça e pescoço. Evitar com que essa região seja alvo da radiação ameniza os efeitos colaterais melhorando a qualidade de vida do paciente”, refere Abreu.
Segundo o cientista, a neurociência é uma chave mestre para conhecimento e entendimento humano em muitas vertentes e cada descoberta é mais uma peça do puzzle que é colocada no seu lugar.
“Isso prova o quanto a neurociência é importante e como ela é a chave para resolver muitas doenças assim como entender o funcionamento do nosso sistema nervoso. O avanço da tecnologia nos ajuda a desvendar o que antes era inacessível.”, concluí o neurocientista.
Fabiano de Abreu é doutor em neurociência pela EBWU com especialização na propriedade elétrica dos neurônios em Harvard, ambos nos Estados Unidos. doutor em psicologia pela universidade ULSHP de Paris e mestre em psicanálise pelo Instituto Gaio membro da Unesco. Como neurocientista e psicanalista, criou a terapia da psicoconstrução aprovada pelo Instituto Gaio usado por alguns psicólogos. É membro da SBNeC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento e membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies.
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